A pele é o maior e mais pesado órgão do nosso corpo, sendo responsável pela regulação da temperatura, defesa orgânica, controlo do fluxo sanguíneo, perceção, funções sensoriais e proteção contra agentes externos existentes no meio ambiente.
A pele é sem dúvida um órgão extremamente importante que devemos cuidar e proteger.
Da mesma forma que devemos ter atenção aos alimentos que ingerimos, uma vez que vão ter impacto no nosso corpo e consequente bem-estar, também os produtos a que expomos a nossa pele requerem alguma vigilância, pois vão ser absorvidos e entrar no organismo.
Quando falamos em bebés, o cuidado deve ser ainda maior, uma vez que a sua pele é muito fina e extremamente permeável, estima-se que a pele de um bebé possa absorver 6 vezes mais do que a de um adulto.
Desde que soube que estava grávida que comecei a ter especial atenção à cosmética e outros produtos de higiene que faziam parte da minha rotina, passando a ter o hábito de ler os ingredientes nas embalagens, o que nem sempre é tarefa fácil pois muitos dos nomes são bem complicados, a lista extensa e as letras minúsculas…
Mas, na minha opinião, compensa dedicarmos algum tempo a tentar perceber aquilo que de alguma forma nos pode fazer mal, e aos nossos filhos, para podermos escolher melhor e tentarmos ter uma vida mais saudável e sustentável 🙂
O parabeno é o composto químico mais conhecido do público tendo sido já eliminado por muitas marcas de cosmética, mas infelizmente continua a existir uma quantidade elevada de componentes potencialmente perigosas ou alergénicas nos produtos cosméticos destinados aos bebés e que são usados diariamente; como champôs, loções para o corpo, géis de banho, óleos ou toalhitas. Ainda há um ano um estudo levado a cabo pela organização não governamental Women in Europe for a Common Future que analisou cerca de 341 produtos para bebé, em França, concluiu que uma grande maioria dos produtos (299) continha substâncias de “alto risco”. (podem ver mais sobre esse estudo aqui)
Quantos produtos temos em casa, e que se pensarmos bem não são assim tão necessários? Muitos deles com compostos que são nocivos para a saúde dos bebés, potenciadores de alergias, irritações, disrupção hormonal e outros efeitos que ainda não são completamente conhecidos. No meu dia-a-dia, para evitar riscos tento ler os rótulos e usar apenas o essencial 🙂
Uma das minhas marcas preferidas, que uso no meu filho e recomendo é a Bentley. Uma grande percentagem dos ingredientes é de origem biológica, os óleos usados são naturais à base de camomila, azeite, lavanda, fruta, as fragrâncias são muito suaves e não sintéticas e nenhum dos seus produtos é testado em animais. Não usam sulfatos nem parabenos.
Quase que se podem comer!! 🙂
Para ajudar na hora de decidirem os produtos para os vossos bebés deixo aqui uma lista de algumas substâncias que podem ser encontradas em muita da cosmética infantil, e não só, e que estão sinalizadas como sendo nocivas e que devem ser evitadas.
Parabenos: Eles são utilizados como conservantes e a sua função é a de evitar o crescimento microbiano no produto. Alguns estudos indicam que estes compostos podem alterar a o funcionamento hormonal, um efeito que está ligado a um risco aumentado de cancro da mama e problemas no sistema reprodutor. Uma vez que o sistema hormonal de um bebé ainda não está maduro, estes químicos podem causar danos ao sistema endócrino em desenvolvimento. Como identifica-los nos produtos? Parabenos pode ser encontrado sob as seguintes denominações: etilparabeno, butilparabeno, metilparabeno, propilparabeno e outros ingredientes que terminam em –paraben.
Perfume ou Fragrância: Embora possam parecer inofensivos, atrás destes compostos podem estar escondidos até 12500 ingredientes diferentes, a maioria químicos sintéticos. Infelizmente, os fabricantes não são obrigados a especificar quais porque a fragrância é considerada um segredo comercial. No entanto, o cocktail químico que o integra é considerado, normalmente, muito irritante para a pele do bebé. Muitas mães escolhem produtos com base no cheiro, independentemente de que significa efetivamente este “cheirinho bom”, que pode causar problemas de pele. É aconselhável evitar qualquer produto que contenha perfume ou fragrância, e optar por aqueles que contenham essências naturais de plantas e não sintéticas.
Ftalatos: Os ftalatos são um conjunto de substâncias capazes de tornar plásticos rígidos em plásticos maleáveis. Nos cosméticos, eles são responsáveis pelo brilho e pela fixação da cor de esmaltes e permitem que os perfumes durem mais tempo. Mas estão presentes em outros produtos, tanto para adultos como para crianças e bebés, como sejam os hidratantes, sabonetes líquidos, antitranspirantes, desodorizantes, condicionadores e champôs, os ftalatos são responsáveis por dar o aspecto líquido ou de cremosidade.Ainda não há estudos contundentes em humanos, as investigações em animais sugerem que a exposição a ftalatos pode conduzir a um baixo peso à nascença, a uma baixa produção de espermatozóides e a genitais masculinos anormais. Grupos de cientistas, associam substancias deste grupo a problemas de saúde, fundamentalmente pelos seus efeitos de desregulação hormonal, ou seja, causam danos no ADN do sistema reprodutor masculino, assim como mal formações no feto.Várias organizações internacionais consideram que os ftalatos são ingredientes tóxicos cancerígenos em seres humanos, e a UE proibiu o seu uso em chupetas, tetinas e mordedores para o bebé. Contudo, existem lacunas no que respeita a medidas restritivas em muitos outros usos. Por exemplo, tem-se relacionado o aparecimento de altas concentrações de metabólitos de ftalatos em urina de bebés e crianças, com o uso de produtos infantis por via dérmica.Infelizmente, esta é uma das substâncias mais difíceis de detectar quando compramos um produto, uma vez que é geralmente um componente de uma fragrância, de modo que não é mencionada na lista de ingredientes. Para evitá-los, é melhor escolher os produtos que são “sem ftalatos” ou “sem perfume”. De qualquer forma, algumas nomenclaturas com que eles podem encontrar nos rótulos são: DEHP, BBP, DBP, BDP, DUB.
SLS e SLES: Trata-se do lauril (éter) sulfato de sodio 4, una sustancia sintética que se utiliza em produtos de higiene (sobretudo champôs e géis de banho) pela sua capacidade emulsionante e de criação de espuma. Contudo, os SLS / SLES podem causar irritação nos olhos, erupções na pele, perda de cabelo, e reações alérgicas. Identificamos estas componentes no rótulo através dos nomes SLS, SLES, dodecil sulfato de sodio, sodium dodecyl sulfate ou PEG lauril sulfato de sódio.
Óleo mineral: Trata-se de um derivado do petróleo e usa-se em muitos produtos de higiene para o bebé como cremes hidratantes, cremes de muda, toalhitas descartáveis, óleos e loções. As empresas de cosmética usam-no pelo seu baixo custo e pela sua acção lubrificante. Contudo, o óleo mineral actua como uma capa sobre a pele tapando os poros e o seu proceso de respiração natural. Nas embalagens podemos identifica-lo através das nomenclaturas: óleo mineral, vaselina, parafina ou paraffinum liquididum.
Polietilenglicol (PEG): É uma mistura de compostos químicos que se utiliza como emulsionante e que melhora a absorção de outros ingredientes, bons e maus. E aqui é que reside o problema: o seu grau de toxicidade depende dos ingredientes que o acompanham e aqui muito vai depender do fabricante. De qualquer forma o PEG não é muito recomendável para a pele sensível do bebé, uma vez que pode provocar irritação.. Para identificar nos rótulos procurem por PEG seguido de um número. Quanto menor for o número , mais facilmente será absorvido pela pele. Pode ser encontrado em Champôs, locões, pasta dos dentes, sabonetes, perfumes.
Phenoxyethanol: É um bactericida e está presente em múltiplos produtos cosméticos, como as toalhitas descartáveis. Porém cada vez mais se restringe o seu uso em proutos destinados a bebés e crianças uma vez que se relaciona a sua toxicidade com o desenvolvimento e capacidade reprodutiva. No Japão o seu uso foi proibido e em muitos países da europa foi também restringido.

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