Vamos oferecer o melhor aos nossos filhos e ao mundo?
Quando alguém me pergunta se as fraldas reutilizáveis dão muito trabalho, costumo responder que acima de tudo é um modo de estar na vida. Isto é, nunca fui fundamentalista mas a ecologia sempre fez um pouco parte da minha vida.
Quando engravidei ainda hesitei quanto às fraldas reutilizáveis, fiquei um pouco baralhada com a oferta existente contudo, rapidamente decidi que com a vida ativa que tenho e com a ida para o colégio o sistema das fraldas de bolso seria o mais pratico, por serem muito semelhantes com as descartáveis. Decidi investir apenas em tamanho único, o que acabou por ser o ideal para mim, pois ambos os meus filhos nasceram grandes e aos 2 meses ambos já usavam as fraldas. Quando são pequenos o sistema de velcro é bem mais fácil de adequar á cintura e no colégio também preferem com velcro. Eu com a experiencia prefiro muito mais as molas. Posso dizer que com 3 anos de utilização ainda nenhuma está danificada.
Um dos “problemas” com o qual me debatia era ter de explicar às pessoas, principalmente às avós (ufa, era uma canseira!!), que não era necessário colocar creme no rabinho… que as fraldas de bolso possuem o sistema Stay-Dry que protege a pele do bebé.
Consegui a proeza de quando o irmão nasceu, desfraldar a mana com 2 anos e 8 meses. As fraldas passaram diretamente para o próximo herdeiro, só tive o trabalho de voltar a colocar no tamanho mais pequeno. Ela ainda usa para as sestas.
Com a utilização apaixonei-me por três marcas: piriuki (muito absorventes e ideais para quando cresceu mais um pouco), bumgenius (das de tamanho único, foram as primeiras a serem usadas) e blueberry (padrões lindos de morrer! No entanto os absorventes são mas finos).
Também gosto do sistema tudo em um, mas apenas tenho uma por graça. São praticas, arrumo facilmente sem ter que colocar os absorventes no bolso. Mas além de demorar mais a secar, se tiver algum “entupimento”, acho bem mais difícil de lavar a altas temperaturas por o absorvente não se destacar da fralda.
Confesso que ao inicio fiquei baralhada com as lavagens, li muitas partilhas e inicialmente desesperei… tenho uma vida profissional muito ativa e lavar fraldas à mão, bem como deixar de molho durante a noite, não me parecia viável para mim. Se fosse assim tão trabalhoso… a ecologia ficaria para outra encarnação!
A verdade é que procuro que os meus filhos tenham uma boa pegada ecológica e gosto de rentabilizar o meu investimento de 28 fraldas reutilizáveis, mas se tiver que usar de vez em quando descartável uso, como já aconteceu nas férias onde não há maquina de lavar roupa e uma ou outra noite onde o cansaço aperta.
A minha rotina de lavagem das fraldas é de 2 em dois dias, despejo o saco com as fraldas na maquina (onde já estão desmontadas e bem sujinhas pois ele ainda está a mama e o cócó é liquido), e faço um programa curto de 15minutos ou passo por água com o anti-amonia. Depois junto a roupa e lavo normalmente a 40 graus com qualquer detergente em pó. Nunca uso amaciador com receios de as entupir.
No caso de querer fazer uma lavagem intensiva, lavo APENAS OS ABSORVENTES a 90 graus com detergente. Também já lavei sem detergente, para assegurar que todos os resíduos eram eliminados. No caso de ter manchas, que agora acontece mais frequentemente, o sol é milagroso!
O único trabalho de tudo mesmo é colocar os absorventes dentro do bolso… umas vezes chato, outras “terapêutico”. Nesta parte o marido não ajuda, esquece o porquê de a dobra/reforço ser para trás quando era a menina, e agora tem de ser para a frente que é menino…
Bem a maquina apitou, lá vou eu estender as fraldinhas ao sol.
Marlene Pereira
Marlene Pereira é mãe de dois bebés uma menina e um menino que sempre utilizaram fraldas reutilizáveis 🙂