A gravidez é sem dúvida um momento único na vida de uma mulher.
A minha (nossa) gravidez foi planeada e muito desejada. Andávamos a tentar por isso sabíamos que, se tudo corresse bem, mais tarde ou mais cedo íamos ter novidades!
O primeiro sinal foi a falta da menstruação, que desvalorizei porque nos dois meses anteriores também tinha atrasado e os testes deram negativo…
Apetite, só me apetecia comer, estava sempre com fome, a toda a hora sentia vontade de comer como nunca senti na minha vida, ao ponto de ficar envergonhada. Sono, sentava-me no sofá e adormecia, o que motivou muita risota e algumas fotos menos bonitas. O peito ficou estranhamente maior e mais rijo. Sentia-me mal disposta em locais com muita gente e barulhentos.
Já desconfiada e como o período teimava em não surgir, a caminho da Ecologicalkids parei na farmácia e comprei um teste. Sim, deu positivo! Estive uns bons minutos, sozinha, a olhar para os dois tracinhos e a comparar com as instruções que vinham na caixa. Li-as em voz alta, para não ter dúvidas de que estava a fazer tudo certo. Depois deixei o teste a um canto e de vez em quando ia lá espreita-lo para verificar se os traços se mantinham. Fiquei confusa e um pouco assustada sem saber o que fazer ”olha, estou grávida, e agora? Tenho um bebé a crescer na minha barriga?! Vou ser mãe? Será que vou ser capaz?”
Podia ter esperado até ao final do dia para dar a boa nova ao pai e ver a reação dele quando soubesse, ter feito algo bonito, romântico e emocionante como nos filmes, mas não… Fotografei o teste e enviei por telemóvel.
Não se acreditando respondeu que era melhor ter calma, que se calhar não era bem assim, que ia comprar um teste daqueles “mesmo bons” e voltaria a repetir no dia seguinte. Assim fiz, com o xixi da manhã, tinha lido algures que era melhor com a primeira urina. Confirmou-se, íamos ser pais! Beijos e abraços para festejar e um turbilhão de emoções e sentimentos; medo, felicidade, responsabilidade, muitas dúvidas…
Um pedacinho de nós pulsava dentro da minha barriga e tornar-se-ia no ser mais importante das nossas vidas.
Tinha cerca de 4 semanas quando descobrimos.
Dizer ou não dizer? Sentia-me tão feliz e especial que me apetecia partilhar a novidade com toda a gente, mas depois sempre ouvi da minha avó, depois da minha mãe que se deve esperar pelo menos três meses antes de anunciar a gravidez. Contamos só à família mais próxima, depois então contamos ao Mundo!
A gravidez correu bem, sem grandes enjoos, sem sobressaltos. O apetite, esse, acompanhou-me toda a gravidez e o sono também.
Li muito sobre gravidez e bebés. Aprendi o significado de palavras “bonitas” como progesterona, episiotomia, ocitocina, mecónio, vérnix, entre outras.
Durante 39 semanas, tão únicas, o meu corpo foi suporte de vida de um novo ser, acolheu e foi a casa da melhor coisa do mundo.
Um coraçãozinho a bater dentro de mim…
Descobri que é um amor que não tem volta, é para sempre, para sempre!
E vocês, como souberam? Como deram a notícia? E esperaram o primeiro trimestre para anunciar? Tiveram muitos sintomas?